O queijo prato (também conhecido como queijo lanche) é bastante popular no Brasil e produzido em diversas regiões do país. Ele é muito utilizado em lanches e sanduíches, devido a sua consistência macia e sabor que combinam com tudo.
Qual a origem do queijo prato?
O queijo prato que conhecemos hoje teve origem nos queijos Gouda (holandês) e Dambo (dinamarquês).
Por volta de 1920, imigrantes dinamarqueses estabelecidos principalmente na região do sul de Minas Gerais deram início às primeiras produções desse queijo por aqui, adaptando a tecnologia às condições brasileiras e conferindo novas características ao produto.
Hoje em dia, o queijo prato é produzido e comercializado em todo o Brasil em diferentes versões, algumas mais parecidas com as primeiras, outras nem tanto.
Quais são as características do queijo prato?
O queijo prato é comumente comercializado em formato retangular, apresentando uma crosta lisa, fina e textura fechada ou aberta (com pequenas olhaduras regulares lisas, brilhantes e bem formadas).
Sua cor é de um amarelo-palha, tem sabor suave e consistência macia, resultado da massa semi-cozida e lavada. Sua composição considera, em média:
- 42% a 44% de umidade;
- 26% a 29% de gordura;
- Teor de sal entre 1,6% e 1,9%;
- pH entre 5,2 e 5,4.
Principais propriedades funcionais
Existem três aspectos funcionais que são considerados como parâmetros de qualidade na produção do queijo prato. São elas: fatiabilidade, derretimento e baixa separação de gordura.
No caso desse tipo de queijo, em especial, as funcionalidades são critérios de qualificação mais importantes até do que o próprio sabor. Isso porque, assim como a mussarela, o queijo prato é muito utilizado como ingrediente complementar de outros pratos, especialmente sanduíches e pizzas.
Por essa razão, seu sabor não tem tanto destaque de maneira isolada devido aos outros ingredientes presentes que sobressaem ao seu sabor. O que se espera é um queijo com bom derretimento e com uma textura mais fechada, já que as olhaduras podem dificultar seu manuseio e corte em fatias mais finas.
Para atingir essas funcionalidades tão importantes no queijo, existem alguns elementos chave: uma produção muito bem padronizada, controlada e ingredientes de qualidade.
Quando os parâmetros da produção como temperatura, tempo de cozimento ou maturação não são bem definidos e controlados, cada lote do queijo sairá um pouco diferente: mais mole, mais duro, mais gorduroso… Assim as propriedades funcionais do queijo nunca estarão adequadas.
A mesma lógica é válida para os ingredientes, por exemplo: usar um coagulante com proteases deixa a massa menos firme e pode prejudicar a fatiabilidade.
Para entender mais a fundo cada uma dessas etapas importantes na fabricação, assista nosso webinar Padronização da Tecnologia de Queijos: Minas Padrão e Prato.
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