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  • Conheça os distribuidores Chr Hansen no Brasil

    Conheça os distribuidores Chr Hansen no Brasil

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    O Macalé tem como objetivo atender todos os seus clientes baseando-se em 2 pilares: Consultoria técnica diferenciada e os melhores produtos do mercado. Por isso somos, há mais de 20 anos, distribuidores oficiais da Chr Hansen no ramo de Enzimas e Culturas para laticínios.

    Como o Macalé está em Juiz de Fora, atendemos tradicionalmente o estado de Minas Gerais, além de Rio de Janeiro e Espírito Santo. Mas estamos crescendo: Desde o dia 1º de Julho de 2023, o Macalé é o distribuidor oficial da Chr Hansen no estado da Bahia.

    Os outros estados do nordeste serão atendidos pela Latec (o atual distribuidor de São Paulo), uma empresa que também já acumula mais de uma década de experiência com produtos Chr Hansen.

    Com essas novidades, esses são os distribuidores de produtos Chr Hansen no Brasil:

    Para todos que tem interesse em comprar produtos Chr Hansen no Brasil, abaixo podem entrar em contato com os responsáveis por suas regiões:

  • Saiba tudo sobre a participação do Macalé na FORLAC 2023

    Saiba tudo sobre a participação do Macalé na FORLAC 2023

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    Este ano o Macalé vai estar presente na FORLAC, em Lambari/MG, nos dias 23, 24 e 25 de Maio! Estaremos pertinho dos auditórios, veja como chegar:


    Estaremos lá perto dos auditórios não é atoa, pois além do nosso estande, estaremos presente com 3 palestras imperdíveis:


    Dia 23/05 – 16:10

    Mário Vitor Pereira – Consultor Técnico

    Adaptações para produzir Mussarela com fermentação rápida e rendimento.






    Nos vemos lá!

  • VI Seminário Macalé – Iogurtes e Bebidas Lácteas: Uma abordagem completa

    VI Seminário Macalé – Iogurtes e Bebidas Lácteas: Uma abordagem completa

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    No dia 04/11 o Macalé teve a felicidade de poder voltar para casa e passar um pouco do que aprendemos ao longo desses quase 60 anos de história. Convidamos nossos parceiros, Chr Hansen e Doremus para, juntos, apresentarmos um seminário que abordasse de forma completa a produção de fermentados.

  • Queijo gigante? Tinha que ser de Minas, uai!

    Queijo gigante? Tinha que ser de Minas, uai!

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    Maior queijo do mundo é produzido em Ipanema, Minas Gerais, para a 12ª edição da Festa do Queijo

                Bater um recorde é algo desafiador para qualquer pessoa. Mas, quando o assunto é queijo, o Laticínio Dois Irmãos encara esse desafio como um motivador: Produzir o maior queijo do mundo!

                Tudo começou em 2017, quando a administração da cidade de Ipanema (MG) convidou o laticínio a bater o recorde local na 8ª edição da Festa do Queijo. Ao todo já foram produzidos quatro queijos gigantes. Sim, gigantes! São quase duas toneladas e meia de queijo que, após avaliação da auditoria Ranking Brasil, é repartido para os participantes da festa. 

                Na última edição do evento, em 2019, o queijo pesou 2.284kg e, neste ano, o queijo chegou a 2.453kg, 53kg a mais do que o esperado pelo Laticínio Dois Irmãos. 

    O maior queijo do mundo com qualidade Macalé

                Produzir um queijo com qualidade nesta proporção, não é uma tarefa fácil. É necessário bons profissionais, qualidade técnica e excelentes produtos para atingir, não só o tamanho necessário, mas a receita exata de um queijo minas padrão. Pensando nisso, para atender estas exigências, o laticínio Dois Irmãos, convidou a Macalé para participar da produção. 

                Para Matheus, diretor do Laticínio Dois Irmãos, o “apoio do Macalé é de extrema importância, não só no evento mas no nosso dia a dia, uma empresa ímpar que desempenha de forma incrível o seu trabalho, ofertando produtos de qualidade, atendimento personalizado e um acompanhamento que dispensa apresentações, só quem trabalha com o Macalé sabe o nível elevado do trabalho deles”. 

                Segundo Jonas, consultor técnico do Macalé, “o maior desafio é manter o padrão de qualidade do produto, tendo em vista o tamanho exagerado do queijo”. Sendo assim, para garantir sabor, consistência e aparência, o técnico utilizou os ingredientes Chr. Hansen, do Macalé.

                Além de todo o cuidado com o processo e os ingredientes, é necessário se atentar e controlar o teor de gordura do leite, temperaturas e a dosagem correta dos ingredientes.

                Jonas ainda explica como é possível que um queijo tão grande mantenha o sabor tão conhecido e amado de um delicioso queijo minas padrão. “Para acentuar o sabor do queijo é necessário trabalhar com um teor de gordura mais alto e usar além do fermento lácteo principal RSF-736, também o LHB que é composto de lactobacillus helveticus para acelerar a maturação do mesmo”, conta o técnico. 

    O novo recorde mundial veio e ano que vem tem mais!

    Agora com um novo recorde de 2.453kg de queijo, é necessário aguardar pela próxima edição, em 2023. 

                Acompanhe tudo sobre a Festa do Queijo aqui! Você já conhecia esta festa?

    É muita história, do jeito que mineiro gosta

                O Laticínio Dois Irmãos começou suas atividades em 1993, em Ipanema (MG), quando os irmãos José e João faziam queijo nos fundos de uma mercearia da família.

                Completamente artesanal, iniciaram a produção que era vendida em uma lanchonete na rodoviária local e logo, o sabor do queijo começou a trazer mais e mais clientes. Com este crescimento os queijos começaram a ser conhecidos na região, tomando proporções consideráveis. 

    Nesses 29 anos, o que não falta é história boa e muito aperfeiçoamento. Se hoje Ipanema é conhecida como a cidade do queijo, o Laticínio Dois Irmãos é conhecido por fabricar o maior queijo minas do mundo!

    E o sabor… Hmmmmmm… Só você experimentando para amar também!

    Saiba mais sobre o Laticínio Dois Irmãos no Instagram.

    Acompanhe todas as novidades do Macalé clicando aqui

    E se você é novo por aqui, venha conhecer um pouquinho da nossa história, aqui

  • Coalho superior e ajustes na produção: Os ingredientes para uma receita de R$ 8 milhões

    Coalho superior e ajustes na produção: Os ingredientes para uma receita de R$ 8 milhões

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    O grupo do ATeG Agroindústria Derivados Lácteos anunciou recentemente, em Santo Antônio do Jacinto, o grande sucesso de um de seus programas. Uma parceira do SENAR MINAS e do Sindicato dos Produtores Rurais de Jacinto, as mudanças implementadas permitiram um aumento de 10,33% na produção, gerou mais de R$700 mil de faturamento e uma receita bruta anual de R$8 milhões.

    Os resultados foram obtidos graças às alterações e melhorias implementadas pela técnica de campo do SENAR, Luciana Godinho. Entre as mudanças que ajudaram a alcançar o resultado, ela cita: Utilização de lira, adequação de ponto de corte da massa, ‘mexedura’ da coalhada, utilização de coalho de melhor performance e custo (adquirido em compra coletiva) e a adequação de padrões na higiene da produção.

    “[…]O casal Luziano Aparecido Queiroz de Araújo e Geisla Pereira de Carvalho relembra o início do atendimento do ATeG. Segundo Geisla, tudo era feito na correria, e a técnica de campo mostrou que precisava de atenção para ter resultado. ‘Aprendemos a ter mais paciência e fizemos alterações na produção. Não usávamos lira e o nosso coalho hoje é com a quimosina. Gastávamos dez litros de leite para fazer uma peça de queijo e era uma festa quando isso acontecia, pois achávamos que estava ótimo. Hoje, gastamos menos de nove litros‘, confessou.[…]”

    O Macalé, mantendo seu foco em ajudar a todos os laticinistas não importando o tamanho da produção, se alegra em poder ter sua parcela de contribuição nessa história de sucesso, com o uso do nosso coalho.

    Leia a matéria original na íntegra abaixo ou no link: https://www.cnabrasil.org.br/noticias/grupo-do-ateg-agroindustria-tem-r-8-milhoes-de-receita-bruta-anual

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    Grupo do ATeG tem R$ 8 milhões de receita bruta anual


    10/05/2022 . SISTEMA FAEMG, SENAR

    “O aumento de 10,33% no rendimento gerou mais R$ 700 mil de faturamento no grupo do ATeG Agroindústria Derivados Lácteos e uma receita bruta de R$ 8 milhões”. Esses números foram apresentados durante a reunião para apresentação de resultados, em Santo Antônio do Jacinto.

    De acordo com o supervisor do ATeG, Sheider Santos, os fatores que mais contribuíram para esse resultado foram a utilização de lira, adequação de ponto de corte da massa, ‘mexedura’ da coalhada, utilização de coalho de melhor performance e custo (adquirido em compra coletiva) e a adequação de padrões na higiene da produção. “Com essas mudanças, profissionalizamos a cadeia na região e melhoramos a qualidade do produto, tornando-o mais disponível para novos mercados”, argumentou.

    Com a assistência técnica e gerencial do Sistema FAEMG, os produtores puderam entender a necessidade de investimentos em tecnologia e aplicaram medidas corretivas, instruídas pela técnica de campo Luciana Godinho. “Analisamos o custo operacional das queijarias, das maiores até as menores. Ficou nítido que os produtores que vendem sem intermediários não tinham a maior receita bruta, mas melhor margem, em função do preço de venda”.

    O casal Luziano Aparecido Queiroz de Araújo e Geisla Pereira de Carvalho relembra o início do atendimento do ATeG. Segundo Geisla, tudo era feito na correria, e a técnica de campo mostrou que precisava de atenção para ter resultado. “Aprendemos a ter mais paciência e fizemos alterações na produção. Não usávamos lira e o nosso coalho hoje é com a quimosina. Gastávamos dez litros de leite para fazer uma peça de queijo e era uma festa quando isso acontecia, pois achávamos que estava ótimo. Hoje, gastamos menos de nove litros”, confessou.

    Adequações

    A técnica Luciana conta que a ação corretiva comum a todos, e talvez a mais marcante, foi a aquisição de liras. “Antes do ATeG, eles quebravam com agressão a coalhada – muitos com a pá e outros com a mão, o que não era indicado também por causa da higiene. Junto com a lira, eles conseguiram comprovar que fazia diferença para o corte da coalhada e a adesão foi unânime. Todos ganharam mais queijos por dia! Em uma semana, os nossos atendidos pagaram, já com os ganhos na produção após as novas ações, o investimento com a ferramenta”.

    Outra mudança assertiva foi a alteração do coalho, mudança que veio após a técnica de campo apresentar amostras de outras marcas para que os produtores identificassem alguma diferença. “E assim aconteceu, tanto no sabor, como no desempenho, pois melhorou o rendimento”, afirmou Luciana.

    Além de melhorias na produção, o grupo entendeu a importância do gerenciamento e a noção de que tudo o que está relacionado à propriedade compõe o custo. “Não fazíamos contabilidade e apenas anotávamos gastos com combustível, funcionário e o leite. Hoje, anotamos energia, caixas, rodo, embalagens. Com tudo organizado, dá para ver se estamos lucrando ou não”, completou Geisla.

    O crescimento do negócio favoreceu o bolso e também a qualidade de vida do casal. “Quando o ATeG começou, o meu esposo estava em outro emprego e também trabalhava na nossa propriedade. Era uma correria! Depois de tantas melhorias, ele saiu do antigo trabalho e estamos juntos na queijaria. Hoje, trabalhamos para viver! Antes, a gente vivia para trabalhar. Conseguimos ter tempo para o lazer e conviver mais em família”.

    Desafios

    O grande gargalo para a cadeia, em termos de certificação e regulamentação, é a falta de inspeção local. Segundo o gerente regional do Sistema FAEMG, Luiz Rodolfo Antunes Quaresma, o Serviço de Inspeção Regional (SIR), viabilizado pelo Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Baixo Jequitinhonha (CIMBAJE), viabiliza a formalização dos produtos de origem animal, que são responsáveis por uma grande movimentação econômica e geração de renda e emprego na região.

    “A gente tem que colaborar com o crescimento técnico e gerencial, mas também viabilizar a regulamentação, trazendo qualidade, segurança e valor aos produtos. O empenho do setor público é fundamental”, ressaltou o gerente.

  • Os impactos da pandemia para o setor de laticínios

    Os impactos da pandemia para o setor de laticínios

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    A pandemia da Covid-19 veio e mudou tudo, criou ameaças e oportunidades para o mercado, impulsionando caminhos já existentes e aflorando o sentido do empreendedorismo, mudando a percepção de consumo de toda a sociedade.

    Neste cenário, a indústria laticinista viu mudanças acontecerem em todos os setores, desde a aquisição do leite até a entrega aos consumidores. E, mesmo com todas as adversidades, se reinventou e remodelou processos, impulsionando uma transformação gigantesca.

    A primeira mudança sem dúvidas foi o novo olhar para as pessoas. A crise da Covid-19 mudou a forma como nos relacionamos.

     Mesmo na indústria o trabalho home office quebrou tabus, ganhou espaço e aumentou  a produtividade das empresas, principalmente nas áreas administrativas dos laticínios.

    As tecnologias encurtam ainda mais a distância entre a sociedade e seu poder de consumo. Mostrando a todas as pessoas a importância da presença do alimento e da qualidade das produções, garantindo um bom preço e um produto bem trabalhado.

    Os encontros e a comunicação também tomaram outro rumo: as empresas precisam estar mais presentes, sempre um passo à frente para se destacar em um mercado tão competitivo. O consumidor agora está mais seletivo e um produto com diferencial é o que vai determinar se sua marca é especial ou dispensável.

    Na linha de frente, isto é, nas áreas de produção e distribuição também houve mudanças significativas com adoção de rígidos protocolos de segurança. Além das medidas de higiene pessoal, os gestores encontram um grande desafio: escassez de mão-de-obra, com adequações de funções, remanejamento e reorganização da equipe.

    No aspecto do mercado, envolvendo a oferta e demanda, as indústrias enfrentam um cenário totalmente atípico, foi preciso adaptar processos e rever muitas coisas, para distribuir os produtos no varejo e atacado. Atualmente, com o avanço da vacinação e a flexibilização das regras de isolamento social, o food service dá sinais de recuperação.

    A lição que fica é: a pandemia reforçou ainda mais a necessidade de uma comunicação clara, objetiva e contínua entre os setores comercial, planejamento, gestão e chão de fábrica.  Dessa forma todos caminham na mesma direção, atendendo às novas exigências do mercado.

    Pensando de forma ainda mais prática, a pandemia acabou por alavancar algumas mudanças que já estavam no caminho, mas que tomaram um ritmo ainda mais emergente, como é o caso da indústria 4.0, que vinha dando seus primeiros sinais antes de 2019 e que se mostrou versátil, mesmo em tempos de crise.

    O fabricante, o produtor e até mesmo o próprio consumidor começou a enxergar a tecnologia como um valioso aliado, aumentando a funcionalidade dos serviços, impactando na qualidade dos produtos e redesenhando novas formas de consumo.

    Nas plataformas de recepção do leite na indústria, houve uma grande mudança, do manual para o digital. Desta forma, toda a cadeia passou por um trabalho de renovação, onde informações manuais foram substituídas por integração de dados e sistemas.

    Contudo, a mesma tecnologia que informatizou os processos em todo setor, também trouxe grandes riscos para o sistema, com relatos de vazamento de informações. Por esse motivo, houve um grande foco na implantação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) estabelecendo regras de coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais.

    Nessa perspectiva, a indústria de laticínios também teve que se adequar aos conceitos da LGPD. Vale ressaltar que este aprimoramento da gestão de dados resultou em custos operacionais adicionais para as empresas, mas assumindo uma postura mais segura, garantindo a proteção e tranquilidade do armazenamento de informações das produções.

    Para o futuro podemos esperar novas e grandes mudanças, com um avanço tecnológico ainda maior, com o objetivo de fortalecer a segurança e os períodos de crise que possam vir.

    Sabemos agora, que novos desafios trazem novas oportunidades. Mudanças aconteceram para que o mercado pudesse se calejar, transformações que vieram para ficar.

    Agora o que cabe ao pequeno e médio fabricante é se munir de inovação e alinhar sua produção a essa nova fase que ainda está começando a dar seus primeiros passos.

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    Veja também: Padronização da produção: saída para a instabilidade de custo do laticínio.

  • Padronização da produção: saída para a instabilidade de custo do laticínio

    Padronização da produção: saída para a instabilidade de custo do laticínio

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    Os altos custos para produção de laticínios tem tirado o sono de muitos fabricantes, principalmente nas pequenas empresas, que estão enfrentando atualmente uma dura briga para conseguir se manter estável no mercado e alcançar uma rentabilidade no mínimo razoável.

    A instabilidade de custo tem sido uma das principais “dores de cabeça” destes fabricantes. Com o aumento dos custos de produção, torna-se necessário um aumento de preço (repasse) ao consumidor final. Naturalmente, isto vai implicar em uma maior dificuldade em posicionar seu produto de forma competitiva.

    O preço do leite pago pelo fabricante chegou a R$2,36/litro em média no estado de São Paulo, com um custo operacional em crescimento, por volta de 13% no Brasil de janeiro a julho de 2021, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP (Cepea)

    O Custo Operacional Total (COT), que corresponde às despesas recorrentes que o produtor de leite tem ao longo do mês, como alimentação do rebanho (volumoso e concentrado), salário de funcionário, medicamentos, sal mineral, seu pró-labore e às depreciações das instalações fixas estão mais altos no estado de São Paulo, em comparação a 2020.

    Outros estados também tiveram mudanças consideráveis neste custo, que afetam o rendimento e a demanda do produto. Veja no gráfico a seguir, a variação percentual (o eixo vertical indica a variação em % do COT).

    Variação mensal do índice de custos de produção de leite

    FONTE: Cepea/Esalq-USP e CNA
    *referencial vertical em porcentagem

    Quais os motivos para a instabilidade dos custos?

    O comportamento do consumidor mudou e isso foi ditado pelo aumento no desemprego, de forma que a demanda caiu muito com relação a anos anteriores. Neste mesmo contexto, com o aumento do preço final do leite, a população passou a diminuir ainda mais este consumo, pois os valores não acompanharam o poder aquisitivo do brasileiro pós pandemia (a pandemia ainda não acabou).

    Aliado a isso, ainda estão os altos custos de produção, o período de estiagem, geadas e a queda da oferta de pastagens, que interferiram na produtividade e volume de leite disponibilizado, forçando a indústria a aplicar o reajuste nos preços.

    Padronização da produção

    Segundo a analista técnica Eliamar Oliveira, a queda no poder de compra pode comprometer as margens e a rentabilidade da atividade leiteira. Por isso é importante que o fabricante conte com apoio técnico, que o auxilie a planejar e estabelecer estratégias que diminuam os impactos dos custos e garantam o bom desempenho da produção.

    Em momentos de dificuldade é muito comum a busca por ingredientes mais baratos, numa tentativa de cortar custos. Essa, infelizmente, é uma prática comum que muitas vezes acaba por comprometer ainda mais a situação. Investir em ingredientes de maior valor agregado garante o bom desempenho da produção, o melhor aproveitamento da matéria-prima e a qualidade do produto final. 

    Neste momento a fabricação em larga escala está levando vantagem, assim como produções com valor agregado. Porém para alcançar esse patamar, é preciso padronizar os processos e intensificar o volume de produção, através de tecnologia, técnicas mais otimizadas e modernas.

    Agora o fabricante precisa atualizar sua indústria para se manter vivo no mercado, criando um viés mais profissional, onde ele é obrigado a expandir suas estratégias, aumentar a eficiência dos processos e explorar bastante seu sistema produtivo.

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    Veja também: Condições climáticas afetam indústrias de laticínios.

  • Condições climáticas afetam indústrias de laticínios

    Condições climáticas afetam indústrias de laticínios

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    A indústria de laticínios está enfrentando um momento muito delicado, que reflete em altos preços para o consumidor e custos elevados para os fabricantes, que buscam novas alternativas para amenizar o impacto da crise do leite no país.

    De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP (Cepea), o preço do leite captado em julho e pago ao fabricante em agosto subiu 2,1% em relação ao mês anterior e 11,7% com relação ao mesmo período no ano passado.

    As condições climáticas no Brasil são o principal motivo para esse aumento, que trouxe inseguranças às indústrias, aumentando a instabilidade com relação ao volume de captação. Com isso, a competição pela compra de insumos ficou acirrada, mantendo a valorização do mercado, mas impossibilitando a redução nos preços.

    Vale lembrar, que mesmo com essa valorização, o produtor está longe de aumentar seu rendimento, pois os custos para produção ainda estão altos, o que no final das contas torna o aumento da produtividade, um cenário pouco provável.

    Segundo Ronei Volpi, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os custos elevados e a demanda fraca serão grandes desafios para o setor em 2021/2022, consequência da pandemia, que interferiu completamente na produção e consumo do leite e seus derivados. 

    Para Volpi, a previsão para esse ano é de mais dificuldade no controle dos custos de produção, exigindo atenção e planejamento por parte das indústrias. O preparo dos fabricantes com relação à concorrência, otimização de processos e qualidade do produto, podem garantir o equilíbrio da oferta e demanda no mercado lácteo.

    Como se preparar para o próximo ano?

    Entre todas as inovações no setor e tendências que permeiam o mercado de laticínios, a principal busca do consumidor são ofertas aprimoradas que proporcionem uma nova e única experiência de consumo. 

    Essa é inclusive, uma das necessidades e objetivos da indústria 4.0, que entregam ao usuário funcionalidade, praticidade, exclusividade e uma experiência surpreendente, para que este se destaque da concorrência.

    O melhor sabor, os melhores ingredientes, uma produção organizada e estratégica, habilidades técnicas padronizadas e planejadas, foco nas necessidades do consumidor e ao mesmo tempo equipamentos, equipe e processos inovadores e atualizados. O que pode lhe parecer muita coisa é na verdade, o retrato de uma gestão de riscos e projetos bem estruturados, com projeções para o futuro.

    Apostar na tecnologia e controle para sua produção é além de atualização necessária para o mercado, uma possível saída em momentos de crise. Com este tipo de gestão, os processos permanecem otimizados, mantendo sempre a higiene e qualidade, independente das mudanças no setor.

    Até mesmo você pequeno empreendedor, fabricante independente, precisa pensar em possíveis saídas para crises imprevisíveis e investir mesmo que de forma inicial, em inovação industrial. Essas mudanças impulsionam sua produtividade, garantindo a padronização dos processos, atualização técnica e qualidade de excelência.

    Alguns passos para organizar sua indústria no período de crise:

    • Análise de oportunidades e ameaças;
    • Implementação de uma gestão de projetos e crises;
    • Atualização técnica;
    • Organização dos processos produtivos;
    • Investimento em inovação e tecnologia;
    • Investimento em ingredientes diferenciados;
    • Qualificação e preparo dos colaboradores;
    • Mapeamento de parcerias;
    • Redução de custos desnecessários;
    • Investimento em matéria-prima de qualidade.

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    Veja também: Inovação em laticínio: o que o setor tem feito para continuar crescendo

  • Requeijão: com ou sem amido?

    Requeijão: com ou sem amido?

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    O requeijão cremoso tem diversas variações, seja em suas características ou em sua produção, mas de modo geral, seu produto final é resultado de alguns processos: pasteurização, coagulação, aquecimento, correção da acidez, preparo da massa, pesagem, fundição e por fim envase.

    Tipicamente brasileiro, o requeijão se mostra ao mercado com uma grande variedade diferindo em umidade, consistência, espalhabilidade e teor de gordura – como é o caso do cremoso – apresentando-se também em versões mais firmes, como o requeijão do norte.

    Sua composição consiste, em média:

    Fonte: FOODBASE. Base de dados em CD-ROM da Legislação Brasileira. Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos,1996. 

    Mesmo sendo uma produção que cresce constantemente, o requeijão cremoso nem sempre se mantém fiel a sua composição base, como vimos no gráfico acima. 

    Porém em outras versões comercializadas a baixos preços, o requeijão tem incorporado em sua composição, o amido de milho, que substitui parte do requeijão, economizando em matéria-prima e aumentando o rendimento da massa final. Neste caso, o amido vai incorporar mais água reduzindo o custo, obtendo mais produto com a mesma base, porém a nomenclatura muda para “mistura de requeijão com amido” o amido não substitui a massa. 

    Essa prática começou em 2005 com a fabricação de “especialidades lácteas”, produtos semelhantes, porém muito mais econômicos para o consumidor final e seus fabricantes, deixando a desejar quando o assunto é sabor, textura e valor nutricional.

    Em 2006 essas embalagens que eram comercializadas com cores e imagens semelhantes aos originais, precisaram modificar os rótulos, introduzindo avisos e tabelas nutricionais mais específicas para essa composição com amido. Entretanto, a nomenclatura “especialidades lácteas” não foi mais exigida e o termo “requeijão” passou a ser usado também nestes casos, o que gerou muita polêmica.

    Mas aqui fica a pergunta: com ou sem amido?

    Existem aqueles fabricantes que não se importam em modificar a originalidade do produto para conseguir um retorno mais expressivo, porém muitos outros preferem manter a tradição e a qualidade fiel do requeijão. Vale lembrar que a mistura de requeijão amido não é um produto inferior, mas é preciso que o consumidor entenda sua finalidade, muitas vezes voltado para uso culinário para produção de pratos que aguente o forneamento.

    Entre os consumidores, há aqueles que também não se importam com a substituição, mas a grande maioria que preza por qualidade e sabor, não abrem mão do bom e velho requeijão cremoso tradicional, com ingredientes de excelência para uma experiência muito mais saborosa.

    Você fabricante, que ainda tem dúvidas, precisa analisar todos os pontos positivos e negativos dessa adesão e seus impactos em sua produção. Produtos de qualidade podem garantir muito mais lucratividade para sua indústria e de quebra a fidelização e promoção de excelentes clientes.

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    Veja também: Qual o melhor tipo de coagulante (coalho) para meu queijo?

  • Gestão eficiente impacta produtividade da pecuária leiteira

    Gestão eficiente impacta produtividade da pecuária leiteira

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    A produção de laticínios, assim como outros setores da pecuária, necessita de uma dedicação quase exclusiva, pois a produção e sua demanda são constantes, exigindo atenção a alguns índices como a qualidade, por exemplo. Porém, independente do tamanho da produção e sua oferta ao mercado, as funções operacionais não são as únicas que demandam cuidados.

    A gestão eficiente tem grande impacto sobre os resultados da produção e funciona de forma estratégica para otimizar os processos, gerando mais produtividade e assim, aumentando sua lucratividade.

    De acordo com o Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB) a produção de leite por matriz cresceu 4,7% entre outubro de 2019 e setembro de 2020, um aumento importante na produtividade das 615 fazendas profissionais avaliadas pelo programa. Esses dados aumentam as expectativas pecuárias para os próximos anos, afinal diferentemente de outros setores, a produtividade pecuária leiteira cresceu, mesmo com a pandemia.

    As indústrias de laticínios são impactadas por esta crescente e já conseguem projetar melhorias em alguns pontos, como a busca por fornecedores com custos competitivos para o mercado, uma mudança bem diferente para pequenos fabricantes.

    O que é uma gestão eficiente?

    Alguns passos importantes podem ajudar neste processo:

    • Anote as suas despesas e receitas e mantenha este controle sempre atualizado;
    • Calcule o custo da produção para entender melhor a situação, afinal lucro e custo estão conectados diretamente;
    •  Use os dados anotados para produzir indicadores de comparação, dessa forma você conseguirá compreender quais as necessidades futuras projetadas do ponto onde você está agora;
    • Analise os concorrentes para identificar pontos fortes e fracos, informações importantes para o seu desempenho frente ao mercado;
    • Planeje os gastos para os próximos meses;
    • Com todas as informações em mãos você consegue compreender melhor as necessidades da sua produção e fazer as devidas mudanças.

    A 10ª edição do Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB) divulgado em junho deste ano aponta que os produtores de leite brasileiros com maior eficiência produtiva e gestão, aumentaram sua produtividade 2,3 vezes mais rápido que a média de fazendas profissionais.

    Benefícios de uma gestão pecuária leiteira eficiente

    A produtividade não é o único benefício para o produtor, a lucratividade, competitividade no mercado, eficiência dos processos e geração de novos postos de trabalho também tem um impacto significativo, colaborando ativamente para a resolução de alguns pontos críticos em comum neste segmento, como:

    • padronização dos processos para o aumento da qualidade dos produtos;
    • análise de deficiências nos processos produtivos;
    • identificação de oportunidades e investimentos com grande potencial.

    Gostou deste conteúdo sobre gestão eficiente? Confira também: Inovação em laticínio: o que o setor tem feito para continuar crescendo.