Um dos temas mais comentados no mercado de laticínios é o leite A2. Esse tipo de leite é uma grande oportunidade para produtores que desejam agregar valor a seu produto, investindo em uma produção específica para pessoas com sensibilidade à proteína do leite.
Como essa condição é recorrente no Brasil e no mundo, é muito importante esclarecer alguns pontos que podem causar certa confusão no entendimento dos estudos relacionados ao tema.
Sendo assim, neste artigo você confere o que é o leite A2 (também chamado A2A2) e o que representa para o mercado de laticínios. Acompanhe!
O que é leite A2?
Para entender o que é o leite A2, é preciso saber que as vacas produzem dois tipos de proteínas: beta-caseína A1 e beta-caseína A2.
Diversos estudos conduzidos ao longo de cerca de duas décadas vêm apontando que a caseína tipo A1 é responsável por causar sintomas de desconforto gastrointestinal em algumas pessoas.
Sendo assim, leites compostos pela proteína A2 estão ficando cada vez mais populares. Nosso organismo absorve esse tipo de proteína de forma mais suave e, por isso, ela tende a ser bem aceita até mesmo por pessoas alérgicas.
Impactos do leite A2 para o mercado
Com mais essa possibilidade de agregar valor ao mercado, fabricando produtos específicos para pessoas com certa resistência à proteína A1, produtores de leite e donos de laticínios já começam a se mexer para inovar em seus produtos.
No caso dos produtores de leite, o investimento está no rebanho. Isso porque é possível produzir leite totalmente A2, mas isso depende da genética do animal.
O mais comum aqui no Brasil são as vacas mestiças, ou seja, A1A2. Porém, também é possível encontrar aquelas que só produzem o alelo A1.
Sendo assim, muitos produtores já estão investindo no teste de genotipagem. Com ele, por meio de uma amostra de material biológico, é possível determinar se o animal é A1A1, A1A2 ou A2A2. Isso porque apenas as vacas de genótipo A2A2 podem produzir o leite A2, em especial aquelas das raças zebuínas.
Já para a indústria de laticínios, esse tipo de leite abre um leque de possibilidades muito positivas. É uma forma de inovar na produção de derivados como queijos, manteigas, iogurtes e requeijões. O melhor de tudo é que a qualidade sensorial desses produtos é mantida — e até aprimorada — com a utilização do leite A2.
Além de uma cremosidade sem igual, os produtos lácteos fabricados com leite A2 apresentam um índice menor de gorduras, colesterol e sódio.
Esses benefícios fazem desses produtos uma escolha saudável. Não só para quem é alérgico à proteína A1, mas para qualquer pessoa que esteja buscando hábitos alimentares mais saudáveis.
O que você pensa sobre a utilização do leite A2 na fabricação de lácteos? Continue lendo sobre inovação na indústria de laticínios conferindo também nosso artigo sobre alimentação plant-based.