Autor: macale

  • Dedão: como evitar os buracos na mussarela

    Dedão: como evitar os buracos na mussarela

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    Um problema estético muito comum na produção de mussarela é o surgimento de buracos, um defeito popularmente conhecido na indústria de laticínios como “dedão”. Esse aspecto não interfere em seus atributos de sabor e qualidade, porém, impacta na excelência do queijo. 

    Em outras palavras, a persistência desse problema impede que o produtor seja visto como uma referência no mercado e, consequentemente, prejudica suas vendas. Buracos muito profundos podem interferir no momento de fatiar o queijo, ocasionando saliências das quais seu cliente pode não gostar.

    Neste artigo vamos explicar o que ocasiona o dedão na mussarela e quais os cuidados necessários durante a fabricação da massa para evitar o surgimento das marcas de dedão. 

    Acompanhe!

    Quais são as causas do aparecimento do dedão?

    A etapa de filagem é principal responsável pelo aparecimento dos buracos na mussarela, considerando aspectos como: 

    • Nível de acidez (pH);
    • Pesagem; 
    • Temperatura da água;
    • Tipos de forma de modelagem;
    • Viragens;
    • Tempo total gasto no processo.

    A água em uma temperatura muito alta (acima dos 90ºC ou 100ºC), é algo não recomendado. É importante saber que a água muito quente não acelera o processo, mas  o prejudica. 

    Da mesma forma, deve-se considerar que, como o processo é manual, a temperatura dada como ideal (entre 80°C e 85°C) não se mantém por muito tempo, o que faz com que ela precise ser trocada, até mais de uma vez.

    A quantidade de água também é um fator importante, principalmente porque diz respeito ao fechamento interno da massa. 

    No geral, é recomendado um volume de água quente na proporção de 1,5 a 2,0 litros por quilograma de massa a ser filada, sendo aceitável uma perda de aproximadamente 30g de gordura a cada 1kg de massa moldada. 

    Outro ponto a ser avaliado é o tipo de forma utilizada. O ar quente tende a subir e, quando não há abertura para que ele saia, ele cria uma pressão no queijo. Dessa forma, é aconselhável que o produtor use um material com furos na base, facilitando a saída do ar e evitando a formação das marcas de dedão.

    Por fim, a viragem do queijo também pode contribuir para o surgimento do dedão. É essencial virar a massa quantas vezes forem necessárias, para que o ar quente seja dissipado.

    Como evitar o dedão na mussarela?

    Como vimos, o aparecimento dos buracos na mussarela é resultado de diversos fatores da etapa de filagem que, quando incompleta, contribui para esse defeito estético. 

    Por essa razão, é essencial trabalhar dois pontos principais para evitar essa imperfeição:

    1. Experiência do filador no processo manual

    A pessoa responsável pela filagem deve ser bem treinada, conhecendo e entendendo as especificidades dessa etapa em profundidade. Além disso, esse profissional deve:

    • Apresentar boa disposição física
    • Ter habilidade para evitar a oclusão de ar ao longo do processo, 
    • Virar a massa de acordo com o necessário;
    • Manter a massa na temperatura correta (nem muito quente, nem deixar esfriar);
    • Respeitar o tempo necessário para o sucesso da produção.

    2. Padronização do processo

    A padronização dos processos através de ferramentas de qualidade é essencial para o controle e melhorias na rotina diária de um laticínio.

    Com produção de mussarela não é diferente. A padronização da filagem deve levar em conta o controle do pH antes do início da etapa, além da temperatura e quantidade da água utilizada, assim como o tempo total do processo.  

    A manutenção dessas diretrizes na indústria garante um produto de excelência estética, sensorial e de segurança microbiológica, evitando não só a ocorrência do dedão, mas de outros tantos problemas mais sérios.

    Gostou dessas dicas de como evitar o dedão na mussarela? Confira também o conteúdo do nosso primeiro webinar e continue nos acompanhando para mais informações sobre a produção de laticínios!

  • 2º Webinar Macalé – Mussarela: Controle das variáveis e impacto no rendimento

    2º Webinar Macalé – Mussarela: Controle das variáveis e impacto no rendimento

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    Nosso segundo Webinar foi realizado no dia 30/07, ao vivo no youtube para todos aqueles que se inscreveram. Foi apresentado pelo nosso Gerente Técnico Daniel Bomtempo

    O conteúdo desse webinar foi desenvolvido com foco em clientes que já possuem estrutura para o controle de rendimento, mas buscam ainda melhorar sua eficiência na produção, aumentar a margem de lucro ou ainda a competitividade e qualidade do produto. Tudo isso, sem perder a qualidade.

    Você pode se inscrever e conferir o Webinar na íntegra:

  • Escurecimento da mussarela: causas e como evitar

    Escurecimento da mussarela: causas e como evitar

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    O escurecimento da mussarela, também conhecido como browning, que pode ocorrer quando esse queijo é levado ao forno.

    Ele nada mais é do que uma reação que pode ser notada através de um escurecimento excessivo em bolhas que se formam na mussarela quando em alta temperatura, provocando uma pigmentação de tom amarronzado. 

    Esse é um problema estético e que pode incomodar muito o seu cliente. Em caso de pizzarias, por exemplo, pode não ser algo visivelmente agradável para se servir a quem frequenta o estabelecimento por prejudicar o resultado final da pizza. 

    Por essa razão, determinados produtores acabam perdendo clientes que já exigem um padrão de qualidade que não apresente essa característica.

    Pensando assim, é preciso tomar alguns cuidados para garantir que a mussarela estará nos padrões ideais. Nesse contexto, não basta considerar apenas o resultado final da produção, mas também os interesses do seu cliente final.

    Neste artigo vamos explicar quais são as causas do escurecimento da mussarela e te mostrar como você pode evitar esse defeito na sua produção.

    O que causa o escurecimento da mussarela?

    O browning é uma reação que pode ocorrer devido ao tempo de armazenamento (considerando que a mussarela muito nova tende a escurecer). Ele também pode ocorrer por conta do tipo de fermento empregado, que é a causa mais frequente, em vista do excesso de galactose. 

    Em outras palavras, a reação química provocada por algumas das variedades de microorganismos lácteos usados na fermentação da mussarela degradam a lactose em glicose e galactose. 

    A glicose, por sua vez, é transformada em ácido lático, mas o mesmo não acontece com a galactose, que acaba deixando resíduos. Como consequência, essa galactose residual reage assim com as aminas resultantes da degradação da caseína, levando ao escurecimento da mussarela quando aquecida. 

    A evaporação da água do queijo e expansão dos blisters (partículas de gases presentes na massa) formam as bolhas que acabam ficando com uma aparência de queimado.

    O que fazer para evitar esse problema?

    O mais importante, em primeiro lugar, é entender para quais estabelecimentos sua mussarela é direcionada e que tipo de aquecimento será utilizado.

    De maneira geral, você pode prevenir o escurecimento da mussarela das seguintes formas:

    • Para a fermentação, dar preferência às culturas que contenham Lactobacillus helveticus (que degrada a galactose) ao invés daquelas com Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus (que tendem a escurecer);
    • Reduzir o excesso de galactose por meio da lavagem da massa água antes do seu cozimento, tomando o cuidado de não exagerar nesse processo e acabar dificultando a fermentação, assim como atrasando o alcance do ponto de filagem.

    Gostou dessas dicas de como evitar o escurecimento da mussarela? Entenda também como funciona o processo de fermentação desse queijo.

  • Palestra de Abertura do Congresso Nacional de Laticínios 2020

    Palestra de Abertura do Congresso Nacional de Laticínios 2020

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    Na semana passada, no dia 14/07/2020, nossa diretora executiva, Luciana Bomtempo Furtado, realizou a palestra de abertura do Congresso Nacional de Laticínios 2020. O congresso foi organizado pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes – EPAMIG e foi realizado através de palestras virtuais.

    Com várias figuras importantes do ramo de laticínios participando do evento, o Macalé, assim como nossa diretora, se sentiu honrado com o convite para a palestra de abertura! Ficamos muito felizes de poder participar de mais essa etapa na história do Congresso Nacional e da nossa querida Candinha.
    Abaixo vocês podem conferir a palestra na íntegra:

  • Fermentação da mussarela: entenda melhor o processo

    Fermentação da mussarela: entenda melhor o processo

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    Uma das etapas mais críticas da produção de mussarela, a fermentação ou acidificação influencia diretamente no resultado final e no rendimento da produção

    A fermentação da mussarela é o processo que garante ao queijo as características essenciais de um bom produto, considerando aspectos como a textura, consistência, odor, sabor, fatiabilidade, derretimento, e elasticidade.

    O queijo mussarela é, sem dúvidas, um dos mais populares, principalmente por complementar com sucesso os mais diversos pratos, principalmente pizzas, lasanhas e sanduíches, por exemplo.

    Sendo um  processo complexo, a fermentação demanda muito cuidado e atenção, no qual  a escolha e a correta aplicação dos ingredientes, determinam bons resultados.

    Se você quer entender melhor essa etapa da produção e descobrir em quais pontos é preciso ter mais cuidado durante a execução dela, esse conteúdo vai te ajudar. Ao longo do artigo, você poderá conferir:

    • Qual o papel da fermentação da mussarela?
    • O que acontece nessa etapa?
    • Quais os principais cuidados a serem tomados?

    Então vamos  em frente!

    Qual o papel da fermentação da mussarela?

    A fermentação da mussarela começa com a  adição de uma cultura lática ao leite. Essas são bactérias desejáveis ao produto, pois são responsáveis por promover os resultados finais esperados.

    Ou seja, esse processo faz uma reposição de bactérias benéficas para as características finais do queijo, visto que durante a pasteurização todas elas também são eliminadas junto aos microrganismos nocivos.

    O fermento adicionado tem como função:

    • Produzir ácido lático e assim reduzir o crescimento de microrganismos indesejáveis e nocivos; 
    • Agir na formação do grão, controlando a umidade e deixando-o mais poroso;
    • Controlar todo o processo de fermentação e filagem;
    • Ter uma influência primordial nas condições  de fatiabilidade e armazenamento.

    O que acontece nessa etapa?

    O fermento acrescentado ao leite é formado por uma cultura de bactérias que, como vimos, são essenciais para conferir ao queijo mussarela as suas características finais. 

    A massa fica em repouso por algumas horas até que tenha adquirido a consistência elástica necessária, formando filamentos que não se arrebentam.

    A adição desse componente pode se dar através de duas formas:

    Adicionando o fermento pronto

    Atualmente, a indústria de laticínios  utiliza culturas selecionadas que são encontradas no mercado, responsáveis por promover as características desejáveis ao produto final. 

    As principais espécies utilizadas na fabricação de mussarela  hoje são:  Streptococcus thermophilus, Lactobacillus helveticus e Lactobacillus bulgaricus.

    Realizando o preparo do fermento

    Uma prática mais antiga , cada vez menos utilizada, em produções artesanais, é o preparo do fermento a partir da microbiota do leite.

    Essa opção,  apesar do baixo custo inicial , dificulta o controle de todo o processo de fermentação, podendo comprometer  toda a produção,tanto no aspecto de rendimento, como  na  textura, sabor e propriedades funcionais.

    A fermentação da mussarela quando feita dessa forma tende ainda a gerar um produto final sem padronização, algo extremamente grave.

    Notas para a produção de mussarela em maior escala:

    Na etapa de fermentação da mussarela, os principais cuidados a serem tomados são:

    • Adotar medidas de higienização rigorosas e eficientes na dreno- prensa, assim como para tanques e carrinhos de fermentação, realizando a limpeza dos mesmos entre a produção de um lote e outro;
    • Garantir que não haja acúmulo de soro residual e finos de massa deixados pela produção de lotes anteriores;
    • Lembramos que é primordial a utilização de diversas rotações de fermento a fim de evitar o aumento da pressão fágica e consequente atraso na fermentação que resultarão em perdas de rendimento e qualidade;
    • Prefira assim, cultivos realmente robustos sem cepas conflitantes em suas rotações.

    Gostou dessas dicas sobre a fermentação da mussarela? Então continue acompanhando nossas redes para conferir mais conteúdos úteis sobre esse e outros assuntos!

  • 1º Webinar Macalé:  Inovações e Tendências na Produção de Queijo Mussarela

    1º Webinar Macalé: Inovações e Tendências na Produção de Queijo Mussarela

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    Este conteúdo foi elaborado tendo em mente algo que o Macalé, sempre, se orgulhou em fazer: ajudar os laticínios que produzem em menor escala. Nele abordamos noções fundamentais de cada etapa produtiva.

    Esse Webinar foi ao vivo no dia 09/07/2020, apresentado pelo nosso Consultor Técnico Thiago Valente. Você pode se inscrever e conferir na íntegra:

  • Leite Humano como Salvaguarda da Vida

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    O Instituto de Laticínios Cândido Tostes realizou nos dias 11, 12 e 13 de dezembro um empreendimento social que irá impactar a população carente de nossa cidade, através do banco de leite materno da PJF, e vai abranger pesquisa sobre a qualidade do Leite Materno para população.
    O evento foi coordenado pela pesquisadora e professora do Instituto Denise Sobral e o Macalé apoiou o evento com bolsas, blocos e canetas. Desejamos sucesso a este empreendimento!

  • Comenda Bernardo Mascarenhas 2019

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    No dia 07/11/2019 o sócio fundador do Macalé, Jonas Pereira Bomtempo, recebeu uma das maiores honrarias de nossa cidade, através da Agência de Desenvolvimento de Juiz de Fora e região. Em uma reunião da Agência, o nome do nosso fundador foi aprovado por unanimidade para  ser agraciado com a Comenda Bernardo Mascarenhas, por ter contribuído efetivamente com ações e trabalhos voltados para o desenvolvimento de nossa cidade e região.

  • Minas Láctea 2019

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    Macalé participou entre os dias 16 e 18 de julho de 2019 da 44ª Expomaq, evento no qual todos conheceram nossa linha de aditivos e ingredientes para fabricação de queijos, leites fermentados, bebidas lácteas e demais derivados do leite. Este ano, foram apresentados lançamentos dos nossos parceiros Chr. Hansen e Doremus.

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  • Treinamento da equipe comercial do Macalé com a Doremus

    Treinamento da equipe comercial do Macalé com a Doremus

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    A equipe comercial do Macalé participou no dia de 15 de fevereiro de 2019, do treinamento das novas tendências e produtos oferecidos por nossa parceira Doremus. Junto com a equipe técnica e o gerente de contas Sênior da Doremus, Vitor Lopes, estamos buscando cada dia mais inovações para melhorar a qualidade dos produtos fabricados por nossos clientes. Entre em contato conosco e conheça os insumos que poderão agregar no seu processo de fabricação.