Os altos custos para produção de laticínios tem tirado o sono de muitos fabricantes, principalmente nas pequenas empresas, que estão enfrentando atualmente uma dura briga para conseguir se manter estável no mercado e alcançar uma rentabilidade no mínimo razoável.
A instabilidade de custo tem sido uma das principais “dores de cabeça” destes fabricantes. Com o aumento dos custos de produção, torna-se necessário um aumento de preço (repasse) ao consumidor final. Naturalmente, isto vai implicar em uma maior dificuldade em posicionar seu produto de forma competitiva.
O preço do leite pago pelo fabricante chegou a R$2,36/litro em média no estado de São Paulo, com um custo operacional em crescimento, por volta de 13% no Brasil de janeiro a julho de 2021, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP (Cepea)
O Custo Operacional Total (COT), que corresponde às despesas recorrentes que o produtor de leite tem ao longo do mês, como alimentação do rebanho (volumoso e concentrado), salário de funcionário, medicamentos, sal mineral, seu pró-labore e às depreciações das instalações fixas estão mais altos no estado de São Paulo, em comparação a 2020.
Outros estados também tiveram mudanças consideráveis neste custo, que afetam o rendimento e a demanda do produto. Veja no gráfico a seguir, a variação percentual (o eixo vertical indica a variação em % do COT).