O requeijão cremoso tem diversas variações, seja em suas características ou em sua produção, mas de modo geral, seu produto final é resultado de alguns processos: pasteurização, coagulação, aquecimento, correção da acidez, preparo da massa, pesagem, fundição e por fim envase.
Tipicamente brasileiro, o requeijão se mostra ao mercado com uma grande variedade diferindo em umidade, consistência, espalhabilidade e teor de gordura – como é o caso do cremoso – apresentando-se também em versões mais firmes, como o requeijão do norte.
Sua composição consiste, em média:
Fonte: FOODBASE. Base de dados em CD-ROM da Legislação Brasileira. Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos,1996.
Mesmo sendo uma produção que cresce constantemente, o requeijão cremoso nem sempre se mantém fiel a sua composição base, como vimos no gráfico acima.
Porém em outras versões comercializadas a baixos preços, o requeijão tem incorporado em sua composição, o amido de milho, que substitui parte do requeijão, economizando em matéria-prima e aumentando o rendimento da massa final. Neste caso, o amido vai incorporar mais água reduzindo o custo, obtendo mais produto com a mesma base, porém a nomenclatura muda para “mistura de requeijão com amido” o amido não substitui a massa.
Essa prática começou em 2005 com a fabricação de “especialidades lácteas”, produtos semelhantes, porém muito mais econômicos para o consumidor final e seus fabricantes, deixando a desejar quando o assunto é sabor, textura e valor nutricional.
Em 2006 essas embalagens que eram comercializadas com cores e imagens semelhantes aos originais, precisaram modificar os rótulos, introduzindo avisos e tabelas nutricionais mais específicas para essa composição com amido. Entretanto, a nomenclatura “especialidades lácteas” não foi mais exigida e o termo “requeijão” passou a ser usado também nestes casos, o que gerou muita polêmica.
Mas aqui fica a pergunta: com ou sem amido?
Existem aqueles fabricantes que não se importam em modificar a originalidade do produto para conseguir um retorno mais expressivo, porém muitos outros preferem manter a tradição e a qualidade fiel do requeijão. Vale lembrar que a mistura de requeijão amido não é um produto inferior, mas é preciso que o consumidor entenda sua finalidade, muitas vezes voltado para uso culinário para produção de pratos que aguente o forneamento.
Entre os consumidores, há aqueles que também não se importam com a substituição, mas a grande maioria que preza por qualidade e sabor, não abrem mão do bom e velho requeijão cremoso tradicional, com ingredientes de excelência para uma experiência muito mais saborosa.
Você fabricante, que ainda tem dúvidas, precisa analisar todos os pontos positivos e negativos dessa adesão e seus impactos em sua produção. Produtos de qualidade podem garantir muito mais lucratividade para sua indústria e de quebra a fidelização e promoção de excelentes clientes.
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